Secure Shell (SSH) é um protocolo de rede criptográfico para operação de serviços de rede de forma segura sobre uma rede insegura.[1] O melhor exemplo de aplicação conhecido é para login remoto de usuários a sistemas de computadores.
O SSH fornece um canal seguro sobre uma rede insegura em uma arquitetura cliente-servidor, conectando uma aplicação cliente SSH com um servidor SSH.[2] Aplicações comuns incluem login em linha de comando remoto e execução remota de comandos, mas qualquer serviço de rede pode ser protegido com SSH. A especificação do protocolo distingue entre duas versões maiores, referidas como SSH-1 e SSH-2.
A aplicação mais visível do protocolo é para acesso a contas shell em sistemas operacionais do tipo Unix, mas também verifica-se algum uso limitado no Windows. Em 2015, a Microsoft anunciou que incluiriam suporte nativo para SSH em uma liberação futura.[3]
O SSH foi projetado como um substituto para o Telnet e para protocolos de shell remotos inseguros como os protocolos Berkeley rlogin, rsh e rexec. Estes protocolos enviam informações, notavelmente senhas, em texto puro, tornando-os suscetíveis à interceptação e divulgação usando análise de pacotes.[4] A criptografia usada pelo SSH objetiva fornecer confidencialidade e integridade de dados sobre uma rede insegura, como a Internet, apesar dos arquivos vazados por Edward Snowden indicarem que a Agência de Segurança Nacional pode algumas vezes descriptografar o SSH, permitindo-os ler o conteúdo de sessões SSH.[5]
Definição
O SSH usa criptografia de chave pública para autenticar o computador remoto e e permiti-lo autenticar o usuário, se necessário.[2] Há várias maneiras de usar o SSH, uma é usar pares de chave pública-privada geradas automaticamente para simplesmente encriptar uma conexão de rede e então usar autenticação por senha para logar.
Outra maneira é usar um par de chaves pública-privada geradas manualmente para realizar a autenticação, permitindo que usuários ou programas loguem sem ter que especificar uma senha. Neste cenário, qualquer um pode produzir um par correspondente de chaves diferentes (pública e privada). A chave pública é colocada em todos os computadores que devem permitir o acesso ao proprietário da chave privada correspondente (o proprietário mantem o segredo da chave privada). Uma vez que a autenticação é baseada na chave privada, a chave em si nunca é transferida por meio da rede durante a autenticação. O SSH apenas verifica se a mesma pessoa que oferece a chave pública também possui a chave privada correspondente. Em todas as versões do SSH é importante verificar chaves públicas desconhecidas, isto é, associar as chaves públicas com as identidades, antes de aceitá-las como válidas. Aceitar a chave pública de um atacante sem validação autorizará o atacante como um usuário válido.
Referências
- ↑ Network Working Group of the IETF, January 2006, RFC 4251, The Secure Shell (SSH) Protocol Architecture
- ↑ Ir para:a b c Network Working Group of the IETF, January 2006, RFC 4252, The Secure Shell (SSH) Authentication Protocol
- ↑ Peter Bright (June 2, 2015). «Microsoft bringing SSH to Windows and PowerShell». Ars Technica Verifique data em: ajuda
- ↑ SSH Hardens the Secure Shell, Serverwatch.com
- ↑ «Prying Eyes: Inside the NSA’s War on Internet Security». Spiegel Online. December 28, 2014 Verifique data em: ajuda
- ↑ SSH setup manual
- ↑ «Service Name and Transport Protocol Port Number Registry». iana.org
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